quarta-feira, 30 de junho de 2010

Furacão Alex evita região do vazamento de óleo, mas afeta trabalhos de limpeza no golfo do México

O furação Alex se fortaleceu no golfo do México na manhã desta quarta-feira (30) e pode tocar a terra durante o dia, mas à margem da região petrolífera do México e dos campos de petróleo dos EUA, aliviando as preocupações do mercado de óleo. O curso de Alex evitará a zona do desastre ambiental provocado pelo vazamento de petróleo no golfo do México, mas mesmo sem passar pela zona da maré negra, a aproximação de Alex já prejudica os trabalhos de limpeza.

O furacão avançava nesta quarta-feira para o litoral nordeste do México, onde deve chegar fortalecido por volta da meia-noite, informou o Centro americano de Furacões (NHC), com sede em Miami.

A tempestade tropical "Alex" se tornou o primeiro furacão da temporada de ciclones do Atlântico de 2010 ao aumentar seus ventos máximos sustentados a 120 km/h, informaram meteorologistas dos Estados Unidos. O furacão também é o primeiro formado na bacia atlântica no mês de junho desde 1995.

O "Alex" se fortaleceu nas águas quentes do golfo do México e se tornou um ciclone de categoria um, a menor na escala de intensidade Saffir-Simpson que vai até cinco, indicou o Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami (EUA). O NHC previu que o "Alex" continuará se fortalecendo antes de tocar a terra.

Pouco antes de 0h desta quarta-feira (horário de Brasília) o furacão estava a cerca de 315 quilômetros a leste da La Pesca (México) e a 415 quilômetros ao sudeste de Brownsville, no estado do Texas (EUA) e se deslocava a 15 km/h em direção ao oeste.

O governo do México mantém um aviso de tempestade tropical para o sul de La Cruz até Cabo Vermelho. Também foi emitido um aviso de furacão desde a desembocadura do Rio Grande até La Cruz.

Está vigente um aviso de furacão para a costa do sul do Texas desde a baía de Baffin até a desembocadura do Rio Grande, enquanto há um alerta de tempestade tropical desde a baía de Baffin até o porto de Oconnor.

O presidente americano, Barack Obama, declarou estado de emergência no Texas, enquanto autoridades da cidade mexicana de Matamoros, na fronteira com Brownsville (Texas) iniciaram a evacuação de pelo menos cinco mil pessoas de zonas de risco.

Estão previstas fortes chuvas em zonas do nordeste do México e do sul do Texas nos próximos dias.

As fortes ondas causadas pelos ventos do "Alex" forçaram a Guarda Costeira americana a ordenar o retorno à costa das embarcações que realizam trabalhos de limpeza na zona do enorme vazamento de petróleo em águas do Golfo do México.

O "Alex" como tempestade tropical deixou pelo menos 12 mortos em sua passagem pela América Central: cinco em El Salvador, cinco na Nicarágua e dois na Guatemala.

Para a temporada de furacões no Atlântico que começou no dia 1º de junho e termina em 30 de novembro, a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA) previu a formação de 14 a 23 tempestades e entre 8 a 14 furacões, que descarregariam sua fúria nos EUA, no Caribe, na América Central e no Golfo do México.

Os meteorologistas alertam para uma temporada "extremamente ativa", pois, dentre estes furacões, entre três e sete poderiam ser de grande intensidade com ventos superiores a 177 km/h.

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