segunda-feira, 31 de maio de 2010

Tigres ameaçados de extinção obrigam a medidas extremas

Na Índia, é proibido o turismo envolvendo esses grandes felinos.

Parece não importar para organizações e governos que a caça ao tigre continue a aumentar, empurrando os grandes felinos para mais perto da extinção. No entanto, dois países adotaram medidas extremas para ajudar a combater o declínio dramático das populações de tigres.

Na Índia, Autoridade Nacional de Preservação dos Tigres anunciou que proibirá todo tipo de turismo envolvendo esses felinos. A situação na Índia é particularmente preocupante, já que a população do tigre-de-bengala (Panthera tigris tigris), caiu de 3,6 mil para apenas 1,4 mil nos últimos oito anos.

A maior parte dessa queda pode ser atribuída a caçadores e ao descaso do governo indiano em proteger os tigres de seu país. Mas a Índia também diz que o ecoturismo tem parte da culpa, com hotéis construídos nos corredores de migração primária e os veículos de passeio espantando suas presas. Centenas de milhares de pessoas visitam a Índia a cada ano na esperança de ver um desses grandes felinos em seu hábitat natural.

Então, ajudar o tigre seria uma limitação sobre o turismo ou apenas uma tentativa de a Índia de encobrir seus registros falsos sobre a preservação dos tigres? Como Kevin Rushby aponta no blog de viagens do jornal The Guardian, o turismo com tigres na Índia não é regulamentado, é mal gerido e não faz bem para a espécie, mas arrecada dinheiro para ajudar na conservação.

Não existe esse tipo de turismo em Bangladesh. Simplesmente não há tigres suficientes para suportar o ecoturismo. O país também perdeu mais de metade dos tigres-de-bengala nos últimos anos, com a população passando de 440 indivíduos em 2004 para estimados 200. Foram criadas punições para a caça, uma multa de US$ 30 e pena de prisão de dois anos. De acordo com a Traffic, um tigre pode valer até US$ 50 mil dólares no mercado negro.

A pressão da caça e a perda do hábitat têm sido duros com o tigre-siberiano, outra subespécie desse felino, cuja população atual é de menos de 300 animais em estado selvagem. O World Wildlife Fund (WWF) está trabalhando bastante para aumentar o número de presas nos hábitats dos tigres para alimentá-los. Sua parceira no projeto é a Associação Sueca para a Caça e Manejo de Vida Silvestre e, apesar de estarem a centenas de quilômetros de distância de qualquer hábitat do tigre, ajudam a ensinar os gestores como elevar a quantidade de presas, como veados e javalis.

Um maior número de presas selvagens não significa apenas mais comida para os tigres, como também ajuda a reduzir o conflito homem-tigre, pois estes não serão tentados a matar animais domésticos, segundo relatórios da WWF.

Nenhum comentário:

Arquivo do blog